Thursday, September 07, 2006

Sou Contra a Renovação!

Comecemos pelas definições, tendo por base o dicionário on-line da Priberam:

Renovar
do Lat. renovare

v. tr.,
dar aspecto de novo;

Inovar
do Lat. innovare
v. tr.,
tornar novo;


Como para bom entendedor meia palavra basta, facilmente compreendem o sentido que darei ao presente post.

Ao longo dos tempos temos vindo a ouvir os mais diversos intervenientes na vida política activa falar…falar não… exigir que haja Renovação. É típico ouvir, sobretudo as “camada jovens” gritar e pedinchar por renovação.

Quero assumir que não quero que haja renovação. Digo mais, quem pede que haja renovação não anda atento… renovação é o que se tem vindo a fazer com grande profissionalismo no nosso partido nos últimos 15 anos. E confesso que começo a ficar farto de tanta renovação. Se algo não funciona, renova-se! O que é renovar?: Dar aspecto de novo… a algo que já não o é!

Renovar, dar lustro, corrigir, reanimar… tudo aquilo que vem incluído num razoável kit de cosmética política. A política de renovação do PSD tem permitido que sejam sempre os mesmos protagonistas a exercer funções executivas chave no seio do partido. Houve excepções? Claro. Mas a excepção serve apenas para confirmar a regra e é a regra que temos que alterar.

E se o nosso discurso enquanto Jotinhas mudasse? E se deixássemos cair o discurso da renovação e passássemos a exigir Inovação?! A JSD, se existe, tem de ser a primeira estrutura a exigir que a aposta seja feita em pessoas novas (não necessariamente jovens), ideias novas com métodos novos num “partido novo” que se adapte ao novo mundo global. É possível criar um novo PSD em torno da tríade clássica de Sá Carneiro: um partido Politicamente Liberal, Humanista e com Visão Social Democrata.

Defender a inovação do PSD (e também da JSD) é assegurar a defesa de um partido fiel às linhas programáticas definidas pelos nossos fundadores. Permitir que o Partido continue a subsistir com base em operações de “renovação”, sem alterações de fundo, conduzirá à extinção do PSD enquanto partido defensor de uma Social Democracia Portuguesa.

Tenhamos coragem e gritemos:

Contra a Renovação! Viva a Inovação!

2 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Caro Ricardo,

É interessante a distinção que fazes entre renovar e inovar. De facto, se isso é claro nos dicionários, nem sempre o é na aplicação prática que se faz em política desses termos.
Creio que hoje em dia, cada vez mais se opta pelo renovar, pois inovar implica arriscar... e nem a todos interessa correr riscos, sobretudo aos que se empenham, em causa própria, no «carreirismo» político. A estes, é o renovar que interessa, afinal, aparenta-se que algo muda e satisfazem-se os outros até que descubram que é tudo mais do mesmo e eles vão conseguindo manter-se à tona.
É importante que na JSD, todos percebamos a importância da inovação (imposta de 15 em 15 anos, pelo limite de idade). Se não tivermos medo de inovar, seremos uma estrutura «partidoindependente» (como reflectiste no post anterior) sem correr o risco de se extinguir. E deste modo seremos no PSD aquilo que se exige de uma juventude política: uma lufada de ar fresco, sem subservivência, num ambiente abafado e que sem inovação chega a ganhar bafio.
Já agora, parabéns pelo teu regresso. É sempre bom, que alguém inove e nos traga reflexões que obriguem a que na JSD se faça ginástica mental sem «seguidismos».

Beijinhos, de novo de Timor-Leste,
Fernanda Azoia

2:01 AM  
Blogger Guilherme Ferreira da Costa said...

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3:24 PM  

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